curaO processo terapêutico inicia-se no momento em que o paciente decide buscar ajuda para a resolução do seu problema, do mal estar gerado pelo transtorno do seu “corpo” e marca uma consulta com o médico.

A expectativa que coloca na consulta, no seu médico, a credibilidade do profissional e a interação do paciente com o mesmo interferem diretamente no resultado final do tratamento. Muitas vezes, apenas o ato de ser atendido, informado sobre o que sente, de receber um diagnóstico e orientações para a resolução do problema referido já acaba sendo o suficiente para sua melhora.

Com frequência, a intervenção física ou farmacológica torna-se desnecessária. Não há medicamento ou tratamento físico ou psicológico que funcione quando não há uma disposição interna do paciente que o impulsione em direção ao seu próprio bem estar. A cura não pode ser introduzida na pessoa como uma injeção. Ela ocorre com ajuda de vários recursos, porém deve existir dentro do coração e da mente do paciente, portas abertas para que os recursos externos possam entrar e atuar. As evidências científicas vêm demonstrando isso, sobretudo nos portadores de dor crônica.

Nas pessoas com dor crônica a atitude positiva ou negativa das mesmas diante da vida e dos problemas é um determinante importante para se estabelecer o prognóstico, ou seja, como vai evoluir a doença do paciente. Pessoas com visão negativa diante das coisas do mundo, da vida e de si próprio tem uma menor probabilidade superar problemas físicos, psicológicos ou emocionais que lhe afligem.

A ciência está se curvando diante do peso que demonstra ter a mente e as emoções no processo de adoecimento e de recuperação. Resumindo, este processo é bastante determinado pela maneira com que cada pessoa reage às adversidades e pela vontade que têm de superação dos problemas resultantes da nossa inevitável interação social e com o meio ambiente.