Menopausa e cérebro. Não somos “malucas”. Apenas podemos ficar “meio malucas” na menopausa.

Ontem fui a minha dentista. Enquanto mexia na minha boca, ela disse que estava achando ótimo ter entrado na menopausa (referia-se a não estar mais menstruando). Relatou não ter percebido nenhum sintoma. Como não dava para falar, pensei: sorte a dela!

Eu, minhas queridas, não tive a mesma “sorte”. Os três anos que antecederam minha última menstruação foram infernais. Sempre havia sido muito saudável. Raríssimas vezes, busquei assistência médica antes dos 50 anos. Não tive nenhuma irregularidade menstrual antes da última menstruação. Talvez por isso, vários médicos que procurei não identificaram a relação dos sintomas que eu apresentava com a perimenopausa. Nem as ginecologistas pelas quais passei. Ainda estou muito indignada por ter passado por tanto sofrimento desnecessário. Nós, mulheres, não merecemos isso. Li recentemente um artigo em uma revista médica prestigiosa britânica onde relatavam que a assistência médica às mulheres na fase da menopausa é muito ruim no mundo todo.

Na menopausa (fase), além das mudanças nos hormônios sexuais, ocorrem muitas alterações no sistema nervoso central. Riscos aumentados de doenças cardíacas e depressão nas mulheres após menopausa mostram envolvimento do sistema imunológico. O sistema endócrino (hormônios), o sistema nervoso (cérebro, medula e nervos) e o sistema imunológico são os três sistemas que regulam todas as funções do corpo e da mente. Esses sistemas influenciam um ao outro. Daí vêm muitos dos males que nos acometem nesse período. Não somos “malucas”. Apenas podemos ficar “meio malucas” na menopausa.

Irei listar abaixo a maioria dos sintomas que podem surgir ou serem exacerbados na perimenopausa e nos 5 anos após a nossa última menstruação. O objetivo dessa lista e dos meus posts é para que outras mulheres nessa fase possam identificar que essas coisas acontecem e que não são “maluquices da cabeça delas” e que tudo merece ser tratado.

• Crises de calor

• Episódios de suores noturnos

• Episódios de frio com sensação de umidade

• Aceleração dos batimentos cardiacos

• Irritabilidade, raiva, sensação de fúria, mudança de humor e choros – sem razão aparente

• Ansiedade

• Depressão

• Sensação de que estamos doentes

• Sensação de que vamos morrer

• Ataques de pânico

• Agarofobia (medo de lugar públicos, com muita gente)

• Alterações no sono relacionadas aos suores noturnos (um verdadeiro pesadelo isso! Tive muito. Careta de tristeza)

• Insônia

• Irregularidades menstruais

• Perda da libido

• Ressecamento da vagina gerando dor às relações sexuais e infecções vaginais.

• Fadiga extrema

• Dificuldade de concentração

• Confusão mental, desorientação

• Esquecimentos

• Sentimentos de pavor, de desgraça

• Sensação de que não somos mais nós mesmas

• Lapsos de memória

• Incontinência urinária ao espirrar, tossir e durante crises de riso.

• Osteoartrites pode se desencadear nessa fase

• Dores articulares, musculares e nos tendões.

• Muitas mulheres apresentam síndrome do túnel do carpo nessa fase

• Tensões musculares

• Mudanças nas dores de cabeça já existentes

• Muitas mulheres começam a apresentar dores de cabeça nessa fase

• Coceiras e ressecamentos na pele

• Sensação de bichinhos andando debaixo da pele

• Formigamentos

• Sensação de choque elétricos no corpo, na cabeça e no pescoço

• Mudanças de odores no corpo

• Acne

• Sensação de dor na região do coração

• Cabelos: queda, ficam mais finos

• Redução e/ou perda dos pelos na região genital

• Sensação de indigestão, gases e náuseas

• Sensação de queimação na garganta

• Sensação de refluxo na garganta

• Quadros alérgicos já existentes podem piorar ou aparecer nessa fase, tanto alergias cutâneas como respiratórias

• Ganho de peso sobretudo nas coxas e abdome com perda da cintura

• Tonturas, sensação de perda de equilíbrio

• Tremores nas mãos

• Sensação de acidez no estômago

• Dificuldade de digerir alguns alimentos

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