Queimação, dor e dormência em pernas e pés pós quimioterapia
Pacientes submetidos a tratamento de câncer podem desenvolver polineuropatias, visto que diversos medicamentos usados na quimioterapia são tóxicos tanto aos nervos periféricos como ao nervo vago, parte do sistema nervoso autônomo.
Os sintomas relacionados a esse distúrbio são: dor, sensação de queimação, dormência, formigamento, coceiras, rigidez, fisgadas e câimbras nos braços, mãos, pernas e pés que pioram pela noite prejudicando o sono. Alguns pacientes apresentam sensação de perda do equilíbrio, urgência para urinar, diarreia ou constipação intestinal. Com o passar do tempo muitos enfrentam dificuldades de locomoção pelo agravamento dos sintomas.
Mais de 30% dos pacientes submetidos a quimioterapia desenvolvem neuropatias e, muitas vezes, não são devidamente diagnosticados e tratados. Quando recebem o diagnóstico são medicados com os seguintes medicamentos: gabapentina, pregabalina, vitaminas do complexo B, carbamazepina, amitriptilina entre outros (há vários nomes comerciais para cada um dos medicamentos citados acima). Em geral, há apenas um alívio dos sintomas. Os analgésicos comuns e os anti-inflamatórios não promovem melhora.
A luz que surgiu no caminho desses pacientes é uma técnica chamada Eletroneuromodulação Periférica Percutânea. O tratamento através dessa técnica promove melhora considerável de todos os sintomas acima relatados, além da melhora do sono, do humor e da disposição física. Podemos tratar também com esse procedimento, os pacientes diabéticos que apresentam os mesmos sintomas (neuropatia diabética).
Uma grande vantagem da Eletroneuromodulação Periférica Percutânea é que ao utilizar esse recurso nenhuma substância adicional necessita ser colocada no corpo do paciente. Sendo assim, esse procedimento ajudará no combate a uma complicação do tratamento quimioterápico ou da diabetes sem aumentar o risco de surgimento de mais efeitos adversos, inclusive os decorrentes da interação entre medicamentos.
Nos últimos 12 anos muitas pesquisas vêm sendo desenvolvidas para avaliar os efeitos dos estímulos elétricos no sistema nervoso (estimulação de nervos periféricos, medula e cérebro). A Dra. Jerusa Alecrim vem estudando essas técnicas de neuromodulação há 10 anos com equipes de pesquisadores da Harvard University, McMaster University e Universidade de São Paulo (USP). Evidências científicas de eficácia já existem no tratamento de pacientes com enxaqueca, dores neuropáticas, dores crônicas e depressão.
A Dra. Jerusa Alecrim começou a usar essa técnica no tratamento de pacientes com dores há 8 anos e percebeu o quanto podia ajudar os pacientes com polineuropatias periféricas pós-quimioterapia. Através de uma abordagem criteriosa e bem individualizada procura diagnosticar cada paciente minuciosamente. Após a confirmação diagnóstica é realizado um planejamento terapêutico contemplando o que há de mais moderno para o tratamento de cada paciente. Todos os recursos usados estão fundamentados em evidências científicas. No tratamento de pacientes com neuropatias periféricas o uso da Eletroneurodulação Periférica (estimulação de nervos periféricos) é essencial. Além disso, no tratamento dos pacientes a Dra. Jerusa Alecrim recomenda que sejam associados outros recursos tais como: nutracêuticos, medicamentos tópicos, orientações nutricionais, orientações sobre atividades físicas, de reabilitação e algumas vezes, os medicamentos alopáticos tradicionais. Tudo dependendo do quadro clínico de cada paciente. A orientação sobre a importância de cuidar da doença que gera as lesões no sistema nervoso é fundamental.
A Dra. Jerusa Alecrim considera que o melhor caminho sempre, ao se tratar um paciente com polineuropatia periférica ou qualquer outra dor crônica é individualizar a abordagem, integrar vários recursos terapêuticos e educar o paciente para o problema.
Todo paciente que se consulta com a Dra. Jerusa Alecrim passa por uma avaliação diagnóstica minuciosa antes que seja instituído o tratamento de neuroestimulação. A terapêutica é customizada para cada pessoa. É também de fundamental importância a integração da Eletroneuromodulação Periférica Percutânea aos medicamentos, nutracêuticos, atividades físicas aeróbicas e fisioterapia. Nos seus tratamentos costuma integrar técnicas de neuromodulação periférica com estímulos elétricos aos medicamentos alopáticos, fitoterápicos, nutracêuticos e orientações sobre alimentação, atividades físicas e meditação (mindfullness).
Referências bibliográficas:
1. Nahman-Averbuch H, Granovsky Y, Sprecher E, Steiner M, Tzuk-Shina T, Pud D, Yarnitsky D: Associations between autonomic dysfunction and pain in chemotherapy-induced polyneuropathy. Eur J Pain 2014, 18(1):47-55.
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