Enxaqueca e o uso abusivo de analgésicos, antiinflamatórios e triptanas

O ritmo de vida se encontra alucinante. Busca-se sempre otimizar o tempo. Precisamente na fase entre os 20 e 45 anos, a mais produtiva, as dores de cabeça surgem ou aumentam de frequência. Quando a dor aparece, a maioria das pessoas adota uma solução prática, rápida, toma um analgésico. Todas as vezes que a dor retorna, para “não perder tempo”, toma-se outra vez um analgésico. Os dias vão passando e aquele comprimido mágico já não surte efeito. Tudo bem! Toma-se dois comprimidos. Com o passar do tempo fica inevitável a troca daquele analgésico por outro mais eficiente. Ou agrega-se a esse antigo, um novo analgésico. Sempre alguém indica uma novidade ou descobre-se nas propagandas na televisão. São tantas as opções…

Publicações científicas recentes vêm demonstrando que 2/3 dos pacientes com dores de cabeça crônica que fazem uso abusivo de analgésicos cumprem os mesmos critérios usados para o diagnóstico de uma dependência química. A enxaqueca é apenas um tipo de dor de cabeça, muito debilitante, a que mais se torna crônica e uma grande geradora de dependência do uso dos analgésicos.

O diagnóstico precoce das dores de cabeça por um médico qualificado, que faça uma abordagem bem individualizada é fundamental. O tratamento deve ser customizado para cada paciente. Integrar o uso de medicamentos com o uso de recursos não farmacológicos é imprescindível.

É possível reduzir expressivamente o uso dos medicamentos no tratamento de pacientes com dores crônicas associando alguns procedimentos com orientações nutricionais, de manejo do estresse e de hábitos de vida mais saudáveis.

A dor crônica é um problema multifatorial e a superação dela depende de múltiplas intervenções.

Veja abaixo quais recursos eu costumo usar nos pacientes com enxaqueca e outros tipos de dores crônicas:

– Eletroneuromodulação periférica percutânea: técnica inovadora onde se estimula o sistema nervoso com estímulos elétricos. Com este recurso podemos conseguir o controle da dor e, inclusive da memória da dor no cérebro e medula. Essa técnica promove neuromodulação e neuroplasticidade (mudanças mais definitivas no sistema nervoso);

– Acupuntura já tem eficácia terapêutica comprovada na prevenção das crises de enxaqueca;

– Toxina botulínica têm eficácia terapêutica comprovada em pesquisas na enxaqueca crônica;

A yoga, meditação – Mindfullness, relaxamento, psicoterapia, orientação alimentar, atividades físicas aeróbicas assim como a educação do paciente para lidar com a dor fazem parte dos meus planos de tratamento.

Nossa carga genética nos faz únicos. Quando adoecemos, as manifestações também são únicas. Tratamentos sem a integração de vários recursos e que não sejam individualizados, customizados, costumam falhar.

É possível sim, viver bem, com vida de qualidade, mesmo tendo enxaqueca.

Você merece ser bem cuidado.

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